No processo de profissionalização docente existe saberes específicos que são desenvolvidos pelos professores no próprio cotidiano de suas atividades. Pensar o lugar comum dos sujeitos sociais no processo formativo, por meio de práticas educativas movedoras de aprendizagens dignificadoras, é primar por uma educação política e participativa de engendramento emancipatório. O presente texto busca evidenciar o diálogo empreendido entre os saberes literários e a formação de professores, na perspectiva de educar de forma inclusiva, com aspectos que remontam a diversidade dos sujeitos e suas singularidades na composição da multidão a partir do cordel. Trata-se de uma pesquisa-ação – aquela que além de compreender, visa intervir na situação, com vistas a modificá-la – materializada com alunos de licenciaturas na área de Ciências Humanas da Universidade Estadual da Paraíba. O cordel apresenta-se como o recurso pedagógico que traz à tônica da inclusão social as diversas formas de resistências, cujas circularidades encontram articulação com as questões culturais, identitárias, políticas e sociais. Os sujeitos percebidos nas narrativas cordelinas tomam o sentido de potência para, na tessitura do cordel, compreender a significação em relação à multidão. Portanto, a reflexão do material didático desenvolvido na pesquisa-ação evidencia a relação teórico-prática que a temática oportuniza diante das propostas temáticas presentes nas abordagens do cordel, devido seu caráter inter/transdisciplinar.