Os estudantes internacionais são aqueles que atravessaram uma fronteira nacional ou territorial com objetivos educacionais e estão atualmente matriculados fora de seu país de origem. Essa mudança de domicílio gera dificuldades para essa população. Esse trabalho objetivou avaliar o nível de adaptação às vivências acadêmicas de estudantes internacionais e discutir a possibilidade de inclusão dos mesmos e, consequentemente, a minimização dos efeitos das diferenças culturais a partir de discussão de questões etnocorraciais. Foram utilizados a versão reduzida do Questionário de Vivências Acadêmicas (QVA-r) adaptada e validada para o contexto brasileiro e um questionário sociodemográfico. A amostra foi composta por 64 estudantes vinculados a alguma IES da cidade de Porto Alegre – RS, provenientes de outros estados brasileiros ou de outros países. A média de idade dos participantes foi de 23,75 anos (DP = 2,9), majoritariamente do sexo feminino (52,3%), latino-americanos (50%), graduandos (75%) da área de humanas (57,8%). Os dados foram armazenados em planilha eletrônica e analisados com auxílio do SPSS versão 20.0. Em seguida, foram submetidos a análises estatísticas descritivas de medidas de tendência central e de dispersão assimetria e curtose. Os resultados indicaram que os estudantes apresentaram um nível de adaptação às vivências acadêmicas de intermediário a bom. Conclui-se que as Instituições de Ensino Superior possuem um papel relevante no apoio a essa população e que a educação inclusiva a partir da discussão, nesse contexto, das questões etnicorraciais e das diferenças culturais pode contribuir para o processo adaptativo desses estudantes atinja níveis mais elevados.