A Educação Especial e a Educação Inclusiva têm se tornado temas centrais de estudos em
diversas áreas. Estes revelam que o cenário da educação brasileira tem se mostrado paradoxal quando
se compara a teoria da inclusão com a prática em salas de aulas. Sabe-se que o foco de uma
licenciatura é a de formar professores, mas, preocupa-nos a qualidade com que esses futuros
profissionais serão formados. Buscamos, então, atrelar o nosso conhecimento literário sobre a
educação especial e suas nuances com a nossa prática em sala de aula. Notamos que há um grande
abismo entre saber uma teoria e pô-la em prática e saber uma teoria e buscar vivenciá-la. Acreditamos
que este segundo segmento seja o mais significativo e mais benéfico à prática docente. Este artigo
objetiva promover uma reflexão aos (futuros) professores sobre sua prática docente ao se deparar com
um aluno com deficiência. Optamos por escolher a deficiência visual por esta ser uma das duas mais
facilmente vistas na sociedade. Também, sabe-se que a área de exatas é uma das principais queixas
dos deficientes visuais. Para o nosso experimento (aprender a usar o sorobã tal qual um cego o faz),
contamos com a presença de 10 participantes. Nossa metodologia se deu através da exposição da
história do sorobã e do ensino de duas das quatro operações básicas matemáticas, a saber: a adição e a
subtração. Para fazermos esta experiência, contamos como escopo literário alguns autores da área da
Educação e do Método Científico, descritos nas referências bibliográfica.