O presente texto objetiva analisar como a escola foi se estruturando historicamente no Brasil e como, apesar de suas mutações ao longo do tempo, apresenta ainda um conjunto de valores legítimos que segrega e condiciona a ação educativa nesse espaço. O presente trabalho foi desenvolvido a partir das leituras e reflexões advindas da disciplina A construção do Habitus, no Programa de Pós-Graduação em Educação- POSEDUC da UERN. Para este breve estudo, estamos baseados na revisão teórica e subsidiamo-nos em autores como Saviani (2007) e Freitas (2009) dentre outros, por abordarem questões como cultura escolar, educação primária e má-fé institucional. As análises evidenciaram que o significado sobre a escola são atribuídos conforme o período histórico/social em que se encontra e de acordo com as experiências coletivas e individuais dos sujeitos. Tornou-se perceptível que desde a educação colonial a educação formal foi destinada aos membros das classes superiores e, por isso, estabeleciam currículos rígidos baseados nos preceitos da cultura dominante. Assim, a criação da instituição escola foi se constituindo como um espaço reprodutor das relações sociais em um local em que poderiam ser propagados os poderes vigentes, intermediados pelas teorias pedagógicas que corroboram para a essa reprodução através da sua Pedagogia implícita. Trazer um recorte da historicidade da escola no Brasil contribui para suscitar reflexões sobre os objetivos implícitos que são perpetuados e que acabam beneficiando uma determinada classe social em detrimento de outra.