Este trabalho se propõe a uma discussão acerca do Regionalismo Nordestino enquanto tendência literária figurada na década de 1930, cujo ciclo temático volta-se para questões como a decadência dos engenhos de cana-de-açúcar e as consequências de tal evento ante o cenário político-econômico-cultural dessa região. Porém, não é nas obras de José Lins do Rego ou Graciliano Ramos que buscaremos elementos para nossa discussão, embora estes sejam tomados como exemplo em alguns momentos. É Hermilo Borba Filho, pernambucano de Palmares, que nos deixa um romance escrito na década de 1960, trinta anos depois do movimento regionalista, e na qual nos apresenta o Capitão Hermilo, talvez produto final da decadência dos engenhos. É através dessa personagem que pretendemos pensar a nossa discussão. Ele que viveu o apogeu e a crise, aparece como representante de tantos outros senhores de engenho que estiveram às vistas de um grande golpe responsável, acima de tudo, por uma grande transformação no cenário brasileiro.