As aulas de literatura se configuram em espaços transculturais ou de reprodução de obras canonizadas e prescritivas? Essa inquietação nos levou a pesquisar o que estudantes fazem para apropriarem-se do texto literário, muitos vezes impostas pelas propostas curriculares, e transmutá-lo, numa série de outros signos como uma forma de resistência à imposição de um formato e ao mesmo tempo como modo de criação de outros mecanismos de multiplicação do sentido do literário. O presente artigo tem como finalidade socializar experiências de ressignificação do texto literário, desenvolvida por estudantes de Ensino Médio, numa escola pública, do interior da Bahia, bem como, debater modos de abordagem desse processo criativo a partir de uma perspectiva intersemiótica. Em suma, tal política de criação não estaria apontando também para a emergência de novos artistas?