O artigo objetiva traçar um panorama analítico do processo de formulação-decisão acerca do Plano Municipal de Educação (PME) do Recife – PE em 2015. Nesse sentido, desenvolve uma leitura da 10ª Conferência Municipal de Educação – COMUDE, seu processo de organização, condução e reflexos pós-conferência a partir do pressuposto teórico-metodológico do “Ciclo de Políticas” de Ball e Bowe e de Kingdon, além de análise do discurso e dos procedimentos metodológicos da observação participante. Em seguida, foram realizadas leituras dos discursos nos textos oficiais, tais como o Diário Oficial, Ofícios, e os Planos, o da Conferência e o da gestão municipal que foi ‘aprovado’ na Câmara de Vereadores, além de outros materiais referentes a essa conferência em formato audiovisual. As discussões e as conclusões direcionam para a problemática acerca da necessidade de se romper com uma cultura política instituída que prevalece o autoritarismo, mesmo diante de inúmeros marcos legais que embasam essas conferências.