TEIXEIRA, Cristiana Barra et al.. Olhares de gênero face à matemática. Anais II CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2015. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/16622>. Acesso em: 23/12/2024 01:30
Os índices de insucesso escolar carregam marcas do ensino de matemática, muitas vezes é fragilizado. Considerando esse contrassenso, essa tessitura sustenta-se na hipótese de que as atitudes, as crenças e as emoções influenciam o (in)sucesso na aprendizagem da matemática. Pretendemos neste trabalho analisar as crenças em face deste domínio de aprendizagem, a utilidade dos conhecimentos matemáticos e a confiança dos/as alunos/as na sua competência para estas aprendizagens. Com apoio na abordagem qualitativa do tipo exploratória realizamos rodas de conversas com alunos/as de duas turmas de graduação da Universidade Federal do Piauí, Campus Senador Helvídio Nunes de Barros, sendo uma turma de graduandos/as do Curso de Pedagogia, discentes da disciplina Didática da Matemática e outra do Curso de Matemática, discentes da disciplina Psicologia da Educação. Em seus espaços e contextos formativos específicos, os/as alunos/as foram acolhidos/as e motivados a falar sobre suas crenças e percepções sobre o conhecimento matemático. Os/as jovens demonstraram acanhamentos sutis em relações de gênero que se mostraram imperceptíveis para nossos/as estudantes como fator que influencia no desenvolvimento e no rendimento da aprendizagem. Este silenciamento sobre as relações de gênero indica a naturalização dessas questões no ensino da matemática. Tão naturais que se tornaram quase invisíveis e silenciadas por todas/os. Não perceber como as relações de gênero influenciam no ensino e na aprendizagem da matemática é desperdiçar oportunidades de enriquecimento do processo de formação docente. É deixar de proporcionar melhores condições de aprendizagem.