SOUSA, Maria Inês De Oliveira et al.. O “sexo” dos brinquedos: gênero na educação infantil. Anais II CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2015. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/16613>. Acesso em: 05/11/2024 12:00
Observamos nos últimos anos o avanço em relação aos estudos sobre gêneros. No entanto, a polaridade entre a cor rosa e a cor azul se mantem forte e parece definir, no senso comum, o gênero das crianças na sociedade. Como fazer para mudar este paradigma? Como trabalhar questões de gênero na infância sem estereótipos? Nesta perspectiva, buscamos conhecer e compreender as representações e estereótipos que os brinquedos fazem enquanto distinção dos sexos. Usamos como metodologia o relato de experiência após a aplicação de um projeto pedagógico interdisciplinar de intervenção, na educação infantil, durante a disciplina de Estágio Supervisionado, no curso de Pedagogia, na Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). O estágio ocorreu na Escola José Lourenço Filho, da rede pública do município de Sobral, na sala do Infantil IV. Observamos que na sala onde estagiamos predomina as desigualdades entre os sexos quando a professora titular separa os meninos das meninas e ao limitar o que eles podem ou não fazer, durante as atividades. Contudo, quando propomos atividades diferentes sobre relações de gênero na sala de aula, várias crianças aceitaram brinquedos que são culturalmente classificados como proibidos para o seu sexo, isso mostra a abertura das crianças para a mudança de paradigma e que o respeito às diferenças de gênero pode ser ensinado e aprendido, ou seja, as desconstruções das relações desiguais de gênero podem ser combatidas desde a infância.