Este artigo é o início de um estudo sobre a inserção das escolas bilíngues no Brasil que vêm gradualmente ocupando seu espaço no sistema educacional brasileiro. Apesar de algumas cidades globais como São Paulo e de algumas capitais já terem certa vivência e, portanto, certo conhecimento sobre esse sistema, a maioria das cidades brasileiras não oferecem esse tipo de ensino e sua comunidade, portanto, não compreende amplamente do que se trata. Dessa forma, este trabalho tem como objetivo oferecer uma definição pontual e clara sobre esse tipo de instituição, explicitando seus ideais e métodos e esclarecendo suas peculiaridades. De início, para situar o leitor, há uma explanação histórica sobre o ensino de línguas estrangeiras no Brasil desde o século XVI, comentando de onde surgiu essa necessidade e as mudanças pelas quais o ensino e aprendizado de idiomas passou. Até chegar a situação atual, nesse ponto, faz-se uma enumeração dos métodos mais comuns de ensino de idioma hoje em dia. A partir daí, há uma comparação entre as escolas bilíngues e outras instituições que visam o ensino de uma língua estrangeira, tais quais: escolas tradicionais monolíngues com disciplinas de idiomas, escolas especializadas em ensino de idioma e programa de intercâmbio. Há ainda uma distinção mais específica entre escolas bilíngues e escolas internacionais, pois, uma vez que ambas são ainda pouco divulgadas no sistema educacional brasileiro, podem, em uma primeira apresentação superficial, serem confundidas. Apesar do artigo procurar abranger as vertentes pedagógicas e sistemáticas das instituições em estudo, o foco principal foi a vertente linguística, apresentando a eficácia delas nesse sentido e explicando os principais motivos.
Por outro lado, houve a preocupação em assegurar o leitor que as escolas bilíngues não têm como meta única e exclusiva o ensino de idioma. Muito pelo contrário, elas oferecem ensino nas mesmas áreas do conhecimento oferecidas por escolas brasileiras tradicionais. Para deixar claro esse ponto, o artigo traz as diretrizes curriculares opcionais e obrigatórias seguidas por esse sistema. Ao final desse trabalho, é possível compreender esse novo método de ensino, comparando a métodos tradicionais e compreendendo seus diferenciais.