A história da Educação Brasileira tem sido marcada por processos de imposições culturais. Desde a educação jesuítica, grupos mais poderosos tentam impor seus interesses e ideologias, estabelecendo relações assimétricas, como ocorreu entre os portugueses e os nativos brasileiros. Esses processos de aculturação histórica da nossa educação foram permeados por violência simbólica e geraram sofrimento e resistência nos grupos vitimados. Um exemplo de resistência foi protagonizado pelos ameríndios, que por não se curvarem facilmente às imposições e conhecimentos trazidos pelos padres portugueses, tinham suas almas consideradas inconstantes. Imposições culturais menos visibilizadas pela sociedade também vêm ocorrendo. Uma delas recai sobre as pessoas surdas, que vêm sua língua e cultura própria sofrerem uma histórica tentativa de apagamento. Para compreender melhor o processo pelo qual passou as pessoas surdas, realizamos uma pesquisa bibliográfica, buscando contextualizar, no campo da educação brasileira, as imposições culturais sofridas por esse grupo.