Durante muito tempo, os estudos realizados sobre infância tinham uma visão adultocentrica, onde o adulto fazia discursos referentes às crianças, mas elas se encontravam a margem. Atualmente elas estão no cerne das pesquisas e possuem voz para fazerem inferências, uma vez que são sujeitos ativos e de direitos. O presente estudo se insere no contexto de pesquisa com crianças e buscou compreender os sentidos que as crianças da educação infantil atribuem às histórias socializadas no âmbito escolar, partindo do pressuposto que a história infantil é uma incentivadora para desenvolver a criatividade das crianças, a sua capacidade de criar e recriar a realidade, estimulando à socialização, a interação, a comunicação e a cidadania. Utilizamos como aporte teórico autores como, Oliveira (2005) e Abramovich (1995). Como procedimentos para coleta de dados, a pesquisa utilizou observação e entrevistas por meio de roda de diálogo com as crianças. Em linhas gerais, as falas das crianças revelam que a contação de histórias não é uma pratica recorrente em sala de aula. Sentidos positivos e negativos foram elencados pelas crianças tais como: ludicidade, a interatividade, a fantasia do real, a reiteração. Além desses sentidos, as crianças indicaram que a aproximação com as histórias infantis tem se dado menos pelo livro impresso, e se estendido aos desenhos animados, vídeos e DVDs, o que nos permite pontuar que o uso cada vez maior da tecnologia parece está alterando a relação das crianças com o livro impresso.