A pesquisa da qual resultou este texto, se trata de uma dissertação de mestrado que objetivou desenvolver uma análise sobre festas escolares no Brasil, em diversas circunstâncias históricas, em busca de identificar seus vários objetivos, bem como compreender sua importância para a educação brasileira nesses vários momentos, mediante literatura especializada e à luz das formulações da Teoria Crítica. Tratou-se de uma pesquisa bibliográfica, trabalhos acadêmicos que abordam a temática em foco no período de 1890 até o ano de 2009. Utilizamos a Teoria Crítica como referencial teórico para pautar nossas análises. Os resultados apontam que as festas escolares no Brasil foram, no início da escolarização de massa, utilizadas como um instrumento político e ideológico que procurou reforçar e desenvolver alguns aspectos de ordem, progresso e trabalho, com a finalidade de propagar os ideais republicanos. Depois, as festas escolares serviram para mostrar o poder do Estado e assegurar a estabilidade do poder vigente, e ao longo dos anos as festas foram se descaracterizando, e assumindo novas formatações. Na contemporaneidade as festas escolares são transformadas e moldadas pelos princípios da indústria cultural, como um produto de consumo, ainda que de baixo custo, só podendo ter algum espaço em um não-lugar. Para nós, as festas escolares são reveladoras e nos leva a pensar a escola atual como um não-lugar.