O Presente texto trata-se de discussões e reflexões sobre políticas públicas em torno da educação (e seu acesso) e como esta é posta de forma precária na sociedade, viabilizando assim o que colocamos aqui como a "necropolítica educacional", face à pobreza e as desigualdades sociais em determinados espaços geográficos. Para tanto, objetiva-se de forma geral compreender a complexibilidade da educação e do saber face à pobreza e desigualdades sociais. Para compreensão destas problemáticas, dialogamos com diversos autores, entre eles: Miguel González Arroyo, Moacir Gadotti e Paulo Freire, que nos ajudaram a entender sobre as faces da pobreza, conceitos e ausência da cidadania. O nosso percurso metodológico foi trilhado com bases em uma abordagem qualitativa, com enfoque bibliográfico e segundo o seu objetivo, trata-se de uma pesquisa descritiva. Tal pesquisa nos permitiu compreender o quanto reproduzimos de forma alienada a postura do opressor, as multifaces, o espaço e o tempo da reprodução da pobreza, a difícil tarefa de incluí-la nos seios da cidadania, a complicada articulação da pobreza e o currículo como um artifício de conhecer-se pobre na linha que liga ensino-aprendizagem. De fato, esses são reflexos de uma nação que ainda não aprendeu a lidar com suas realidades, a lutar pelos seus direitos como parte principal da democracia.