O trabalho objetiva apresentar uma revisão sistemática dos estudos brasileiros que abordam os desafios e os possíveis caminhos para a integração curricular entre a Educação Profissional e o Ensino Médio nos Institutos Federais. Foi realizada uma pesquisa na base de dados dos periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e na Revista Brasileira de Educação Profissional e Tecnológica do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte no período de 2017 a 2023, utilizando os descritores Currículo Integrado, Ensino Médio Integrado (EMI), Educação Profissional e Tecnológica (EPT) e Institutos Federais (IF). Foram selecionados quatorze artigos. A análise foi realizada de acordo com a Análise de Conteúdo Categorial Temática. Como resultado para os desafios da materialização do currículo integrado no EMI foram evidenciados a falta de preparo dos docentes para implementar o currículo integrado, no que diz respeito à discrepância entre teoria e prática, a fragmentação curricular e a interdisciplinaridade como problema. De tais desafios emerge a necessidade de uma reflexão sobre o projeto de sociedade que privilegia os interesses do capital em detrimento da emancipação da classe trabalhadora. Os resultados para a efetiva realização do currículo integrado no EMI indicam que é essencial a formação de professores que compreendam a relação entre teoria e prática da integração curricular, é necessária uma iniciativa político-institucional para a construção de um currículo integrado democrático, a interdisciplinaridade deve ser permeada pelo trabalho como princípio educativo e para a concretização do currículo integrado no EMI deve-se considerar os pressupostos da escola unitária, da politecnia e da educação omnilateral para a construção de uma sociedade mais equitativa e justa, reduzindo as disparidades entre diferentes estratos sociais. Por conclusão, verifica-se que o currículo integrado no EMI deve responder com competência e compromisso ao desafio de atender a duas demandas: o acesso ao trabalho e a continuidade dos estudos.