As concepções dos docentes acerca da avaliação da aprendizagem, considerada parte integrante da prática pedagógica, nem sempre estão em sintonia com as diretrizes e normas de uma instituição educacional. Crenças e concepções precisam ser investigadas e questionadas, a fim de não se perpetuar práticas que confundem avaliação com a mera atribuição de conceitos e que não realizam o devido acompanhamento e reorientação de alunos com dificuldades na aprendizagem. O objetivo desta pesquisa foi analisar os métodos de avaliação da aprendizagem utilizados por docentes de uma instituição federal de ensino profissionalizante, com o propósito de elaborar estratégias voltadas à promoção de práticas avaliativas inclusivas e capazes de lidar com a diversidade estudantil. Os sujeitos do estudo foram docentes que atuavam em vários níveis e modalidades de ensino no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará, campus Altamira. A pesquisa utilizou uma abordagem metodológica mista, realizando a coleta e análise de dados quantitativos e qualitativos através da estratégia de triangulação concomitante. Por meio da aplicação de questionário estruturado, o estudo constatou que aproximadamente 30% dos entrevistados possuem tendências a uma avaliação predominantemente de função classificatória, embora concordem que os parâmetros qualitativos da avaliação devam prevalecer sobre os quantitativos. De modo geral, foi identificado o alinhamento entre as concepções sobre a avaliação dos professores com os critérios e diretrizes contidos no Regulamento Didático-Pedagógico de Ensino da instituição. Por fim, este estudo destaca a importância de práticas avaliativas inclusivas e que considerem a diversidade estudantil presente nas salas de aula, promovendo caminhos para a construção de um ambiente educacional cada vez mais inclusivo e responsivo às necessidades de aprendizagem dos discentes.