Este capítulo apresenta sua gênese a partir da inquietação sócio pedagógica diante do contexto de violência que tem impactado as escolas, em especial, no Ensino Médio Integrado da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, exigindo, portanto, novas formas de ensino que colaborem efetivamente para a promoção de uma cultura de paz. Tem como objetivo, discutir a cultura de paz na Educação Profissional e Tecnológica sob a luz da práxis dialógica freireana. Trata-se de um ensaio textual que se organiza em quatro sessões: 1. Violência social: uma reflexão à luz da filosofia da práxis; 2. Escola e vidas ameaçadas: estado, instituição e interação; 3. EPT e práxis dialógica: possibilidades prático-reflexivas no ensino integrado para uma cultura de paz. Neste trajeto reflexivo-textual discute-se a violência social em um contexto multifacetado, interconectada no escopo das relações estruturais, político-econômicas, institucionais e interpessoais. Pondera-se as “vidas ameaçadas” invisibilizadas pelo Estado necropolítico e responsabilizadas pela/na escola. Por fim, contempla-se uma educação escolar para uma cultura de paz na perspectiva da pedagogia libertadora inserida no ensino integrado. Considera-se que a partir destas reflexões novas propostas humanístico-libertadoras poderão ser efetivadas em sala de aula, contribuindo para a superação das violências e promovendo uma cultura de paz na escola.