No momento em que retornamos ao ensino presencial nós, educadores, somos chamados a resistir, insurgir e criar espaços de diálogo que nos permitam construir processos educativos que fortaleçam a democracia, a justiça e a solidariedade no nosso país. Fazem parte desse caminho a proposição de diálogo com os diferentes atores sociais, a visibilização e socialização de práticas educativas significativas, a valorização da profissão docente e a reinvenção da escola que permita a superação do formato dominante, naquilo que ele precisa ser revisto, a partir desse acontecimento. Com o objetivo de descobrir suas compreensões sobre o ensino e as políticas que afetam o trabalho na escola nesse momento que atravessamos, este trabalho apresenta resultados de pesquisa na qual procedemos à escuta atenta de quinze professores da Escola Básica, pública e privada. As respostas dos professores revelaram um cenário desafiador na educação pós pandemia, marcado por mudanças comportamentais e emocionais significativas nos alunos e neles próprios. Em resposta a essas mudanças, os professores entrevistados consideram essencial a adoção de estratégias inovadoras e sensíveis às novas realidades dos alunos, equilibrando a tecnologia com métodos de ensino que promovam o interesse, a participação ativa e o bem-estar emocional dos estudantes. Como recomendações dos docentes entrevistados elencamos: abordagem individualizada; uso estratégico da tecnologia; desenvolvimento de habilidades socioemocionais; comunicação eficaz para reconstruir relações de respeito e interesse mútuo. Constata-se, assim, que abordagens pedagógicas inovadoras e adaptativas são essenciais para enfrentar esses desafios e promover um ambiente de aprendizado eficaz e acolhedor.