A mensuração conectividade hidrossedimentológica, através dos índices de conectividade, pode fornecer informações importantes para a gestão dos recursos hídricos de uma bacia hidrográfica, com forte viés em segurança hídrica, assim como para a gestão dos riscos e desastres causados por fenômenos hidrogeomorfológicos, dentro de uma abordagem multi-risco dos desastres. Neste trabalho avaliamos a relação espacial de proximidade/tamanho dos movimentos de massa com a rede de drenagem, assim como alguns fatores predisponentes dos movimentos de massa (precipitação, elevação, ângulo de encosta e orientação das encostas) deflagrados pelos eventos chuvosos de abril/maio de 2024 na bacia do hidrográfica do rio Taquari-Antas (RS). Analisamos, ainda, preliminarmente, a conectividade de sedimentos na bacia hidrográfica e nas cicatrizes dos escorregamentos utilizando dois índices de conectividade. As classes dos mapas temáticos que representam os fatores predisponentes mais críticos, com maior potencial de gerar escorregamentos, são os acumulados de chuva entre 700 e780 mm, as elevações entre 182 m e 364 m, os ângulos de encosta entre 40° e 54° e as faces das encostas entre norte e leste. A maior parte dos movimentos de massa ocorreu próximo e/ou conectado aos canais de drenagem de menor ordem e um menor número de movimentos de massa ocorreu distante dos canais de drenagem de maior ordem. Quanto mais próximas e/ou conectadas são as zonas de depósito dos escorregamentos das redes de drenagens, maior o tamanho médio das cicatrizes. A maior parte dos MMs ocorreu nos segmentos da paisagem com baixa conectividade, nas áreas de floresta com gradiente mais elevado.