O processo de urbanização desordenada no Brasil tem levado à ocupação de áreas de risco por populações de baixa renda, resultando em desastres como movimentos de massa. Um exemplo recente foi o desastre ocorrido em maio de 2022 em Pernambuco, quando chuvas intensas desencadearam escorregamentos fatais, ressaltando a necessidade de medidas preventivas. Este estudo utilizou modelagem matemática combinada com SIG para avaliar a eficiência das ações implementadas pelo governo estadual na gestão de riscos na comunidade de Jardim Monte Verde (JMV), onde 43 mortes ocorreram em decorrência de uma série de escorregamentos. A modelagem indicou que as obras previstas para JMV cobrem a maior parte das áreas suscetíveis a escorregamentos, mas também apontou a necessidade de ajustes no projeto para incluir imóveis situados em áreas de alta suscetibilidade. O estudo apontou a urgência de ampliar as medidas de mitigação e destacou o papel essencial das geotecnologias na gestão de riscos, sugerindo que uma abordagem proativa, baseada em modelagem matemática, pode melhorar significativamente a segurança e a resiliência dessas comunidades. Além de mitigar os impactos dos desastres, a adoção dessas tecnologias contribuiria para o desenvolvimento sustentável das áreas afetadas.