A demanda e a disponibilidade da água são preocupações centrais da gestão pública e da sociedade na atualidade. Para a garantia dos Usos Múltiplos desse recurso o monitoramento, conforme previsto em lei é um instrumento que auxilia na gestão e tomadas de decisões mais adequadas à realidade local. Em Minas Gerais, um panorama da evolução do comportamento dos cursos d’água pode ser obtido através dos dados disponibilizados pelo IGAM e apresentados por meio do Índice de Qualidade da Água (IQA) e de Contaminação por Tóxicos (CT). Neste sentido, o objetivo deste trabalho é mapear e analisar a evolução espacial e temporal do monitoramento e do IQA e CT na Circunscrição Hidrográfica (CH) SF1 - Alto rio São Francisco. A metodologia utilizada partiu de pesquisa bibliográfica sobre o monitoramento e qualidade da água, posteriormente os documentos e dados foram coletados no repositório do IGAM e do IDE-Sisema. Os dados foram organizados e espacializados através dos softwares Excel e QGis. Os resultados evidenciam a expansão da rede de monitoramento na CH, partindo de três estações em 1997 e chegando em dez estações de coleta em 2021. Em média o IQA é médio e a CT é baixa, com maior recorrência de contaminação alta na SF3 e SF4, área de maior pressão de atividades mineradoras. Destaca-se uma lacuna no monitoramento nas sub-bacias do ribeirão dos Veados e dos rios Bambuí e São Mateus, localizadas na porção Noroeste da área de estudo, onde a intensificação do tipo de uso e cobertura se configuram como pressões antrópicas não contempladas adequadamente na atualidade.