Cerca de 10 milhões de hectares são afetados anualmente por queimadas, causando degradação ambiental e perda de biodiversidade. A Caatinga é especialmente vulnerável devido ao clima seco e à vegetação propensa a incêndios, sendo um dos biomas mais ameaçados do Brasil. Este estudo analisou a variação espaço-temporal das áreas queimadas no bioma Caatinga entre 2001 e 2020, utilizando o produto MCD64A1 do sensor Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer (MODIS). Os resultados mostram que o Piauí lidera com 29,35% dos focos de incêndio em relação à área de Caatinga, seguido por Minas Gerais (11,05%) e Bahia (9,67%). Em contrapartida, Alagoas (0,05%) e Sergipe (0,04%) apresentaram as menores proporções de focos de incêndio. Os anos de 2007, 2010 e 2015 registraram as maiores ocorrências de queimadas. A análise revela a necessidade urgente de políticas públicas para mitigar os impactos ambientais. O uso de sensoriamento remoto, como os dados do MODIS, é essencial para monitorar e entender as variações das queimadas, permitindo uma gestão mais eficaz e informada.