O artigo "Análise das Condições das Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal em Bacia Afluente do Ribeirão Claro (SP)" examina a importância das Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reservas Legais (RLs) conforme a Lei nº 12.651 para a conservação ambiental. O estudo foi realizado na sub-bacia do Ribeirão Claro, em Rio Claro, São Paulo, cobrindo 5,2 km². Utilizando dados do Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (SICAR) e imagens orbitais CBERS 04A processadas no ArcGIS PRO, o mapeamento das APPs incluiu buffers de 50 metros ao redor das nascentes e 30 metros ao longo dos cursos d'água. As classes de uso da terra identificadas foram: água, área construída, formação florestal, solo exposto e cana-de-açúcar. Os resultados indicaram que as APPs e RLs estão majoritariamente ocupadas por solo exposto e cana-de-açúcar, em desacordo com a legislação. Nas APPs, 97,90% é coberto por formação florestal, enquanto solo exposto e cana-de-açúcar ocupam 1,44% e 0,66%. Nas RLs, a formação florestal ocupa 91,03%, com solo exposto e cana-de-açúcar cobrindo 7,57% e 1,41%. O estudo mostrou muitas áreas de preservação são utilizadas para agricultura, especialmente para o cultivo de cana-de-açúcar em terras arrendadas, violando o Código Florestal. A falta de continuidade nas RLs impede a criação de habitats favoráveis à vida silvestre. O artigo conclui que é necessário um monitoramento rigoroso e ações corretivas para assegurar que as APPs e RLs cumpram suas funções ecológicas e legais, promovendo sustentabilidade ambiental na bacia do Ribeirão Claro.