A partir da intensa ocupação humana dos espaços urbanos, construíram-se os primeiros caminhos que relacionavam a questão climática e urbana. Neste sentido, a pesquisa utiliza como espaço de estudo o Central Business District (CBD) do Rio de Janeiro, buscando analisar a influência da morfologia urbana no campo térmico da região, tendo como foco, o caynon urbano da Avenida Rio Branco. Para tanto, coletas de campo foram realizadas em sete pontos mediante dois transectos móveis e coletas verticais ao longo dos 120 metros iniciais da atmosfera urbana via um drone. As coletas foram realizadas às 6h, 13h e 20h, nos dias 24/09/2023, 22/10/2023 e 26/11/2023. O mapeamento e a análise dos dados relacionados a atmosfera horizontal determinou que a morfologia urbana em somatório com a situação sinótica possuem papel fundamental na configuração de ilhas de calor. Estas, no geral, variaram entre fraca (0,1 °C a 2 °C) e muito forte magnitude (acima de 6,1 °C), com destaque para as ilhas medidas no horário das 13h, este apresentando os maiores valores relacionados a intensidade das ilhas de calor. Quanto a mobilidade da ilha de calor ao longo da Avenida Rio Branco, em linhas gerais, visualizou-se uma tendência crescente a medida que adentramos o caynon urbano, ou seja, em espaços com formas mais adensadas e verticalizadas. Por fim, para análise vertical houve indícios de inversão térmica na faixa dos 80m em 3,9ºC, possivelmente intensificada pela rugosidade e o volume de edificações da área de estudo.