Nas últimas décadas, o estudo da natureza abiótica, que inclui paisagens, rochas, minerais, solos e águas, tem recebido crescente atenção devido à sua relevância e à preocupação com a finitude desses recursos, resultando na valorização e conscientização da sociedade em relação à preservação ambiental e à conservação do patrimônio geológico. Desse modo, o município de Quixadá, no Sertão Central do Ceará, apresenta rica geodiversidade, destacando-se pela presença significativa de inselbergues dispostos em seu território. Juntamente com Quixeramobim, o município integra o território da Proposta de Geoparque Sertão Monumental, que visa identificar e descrever o patrimônio geológico local, destacando a singularidade dos geossítios pela sua importância ecológica e paisagística. O geossítio Gruta do Magé, de relevância nacional, abriga diversidade geomorfológica e florística, conferindo-lhe paisagens exuberantes que potencializam a prática do turismo e lazer. Este estudo propôs-se a analisar os principais impactos resultantes das atividades turísticas e de lazer, além de identificar as principais fitofisionomias do bioma Caatinga no geossítio Gruta do Magé, sugerindo atividades geoeducativas para serem realizadas no local. Por meio de levantamento bibliográfico e visitas ao local, utilizando a adaptação do método de Caminhamento de Filgueiras et al. (1994), foram identificados fortes indícios da ação humana, como resíduos sólidos, perda de vegetação e pichações nas rochas. Esses impactos contribuem para o desequilíbrio ecológico e a perda das fitofisionomias do bioma Caatinga, que conta com espécies arbóreas como Pau-branco (Auxemma oncocalyx), Angico-vermelha (Anadenanthera colubrina), Barriguda (Ceiba glaziovii) e Cedro (Cedrela fissilis), além de espécies arbustivas.