O crescimento exponencial das áreas agricultáveis e, a exploração de recursos energéticos renováveis, vêm comprimindo a vegetação natural do bioma Caatinga no NE brasileiro. Nesse contexto, espaços de remanescentes vegetais vêm sendo compridos para o estabelecimento de sistemas agropastoris e extração de minério. O somatório dessas problemáticas elucidam um novo problema que pode comprometer a fertilidade das terras e a manutenção do endemismo vegetal, definido como desertificação. Frente a emergência ambiental instalada na região e, com o objetivo de preencher as lacunas que envolvem a temática, no presente trabalho avaliou-se o potencial de Pilosocereus catingicola (Gürke) Byles & Rowley subsp. salvadorensis (Werderm.) Zappi, Xiquexique gounellei (F.A.C. Weber) Lavor & Calvente subsp. gounellei e Cereus jamacaru DC, enquanto espécies recolonizadoras de áreas degradadas do bioma caatinga, através de seu comportamento germinativo. Ainda que todas as espécies cactáceas estudas tenham apresentado resultados satisfatórios nos índices de germinabilidade e tempo, os resultados demonstraram um desempenho superior de C. jamacaru em termos de germinação, quando comparada com X. gounellei subsp. gounellei e P. catingicola subsp. catingicola. Em síntese, as sementes de C. jamacaru apresentaram maior germinabilidade, maior velocidade de germinação, em menor tempo [t(50 %)]. Esses achados indicam C. jamacaru como espécie com potencial para recolonização de ambientes degradados do bioma caatinga, visto sua alta resposta germinativa em ambiente controlado, indicando provável sucesso em seu estabelecimento in loco.