A pesquisa problematiza o ensino híbrido e a sua relação com as políticas de padronização curricular, com o objetivo de analisar seus possíveis efeitos para o currículo, a formação de professores e o campo da didática. Utiliza a abordagem qualitativa, com um levantamento bibliográfico e documental para tratar do ensino híbrido e sua associação com políticas de matrizes curriculares. Como perspectiva, entende-se que a proposição do ensino híbrido, com a inserção de metodologias ativas de ensino, configura-se não apenas como uma possibilidade pedagógica, que mescla tempos e espaços mediados pela utilização de tecnologias digitais, mas também como uma política de padronização e centralização curricular neotecnicista que orienta a seleção dos conhecimentos escolares, as práticas de ensino, as metodologias pedagógicas e os processos avaliativos para atender a agenda educacional global neoliberal que repercute sobre a compreensão de escola democrática no âmbito da Educação Básica.