Nesse texto buscaremos apresentar algumas das nossas reflexões acerca do referencial teórico da Hermenêutica da Profundidade – HP – e a maneira como pretendemos mobilizá-lo, ao analisar livros didáticos, com o intuito de apresentar uma versão do Movimento Matemática Moderna. Oliveira (2008) discute, a partir de um trabalho de John Thompson (1995), a interpretação de formas simbólicas, considerando formas simbólicas como produções humanas intencionais. O autor argumenta que podemos considerar os livros didáticos como formas dessa natureza e que, portanto, para uma análise desses materiais devem ser considerados, assim como proposto pela HP, os aspectos internos das obras e os contornos sócio-históricos em que elas foram produzidas e/ou apropriadas.