Este artigo apresenta experiências de vida e trajetórias de luta de mulheres líderes comunitárias na Região do Planalto da Borborema, na Paraíba. Problematizando os espaços dos terreiros domésticos como ambientes de empoderamento, formação política das mulheres, aprendizagens, relações de amizades e festividades. Estes espaços tornam-se inclusivos para as relações de gênero a medida que dialogam com a fala e o engajamento destas lideranças com as questões comunitárias de lutas por direitos sociais e culturais. Tomaremos como lócus para este debate as experiências das mulheres nas Comunidades Engenho Geraldo de Alagoa Nova/PB e Baixa Verde de Queimadas/PB. Metologicamente partimos da História Oral de Vida com as discursões de Meihy (2007) e as práticas educativas não formais defendidas por Gohn (2010). Como aporte teórico adentramos a problematização decolonial no campo da História, para isso nos inspiramos nos escritos de Santos (2022) com o conceito de decolonialidade e em Ortega (1999) e Ionta (2007) para pensarmos o conceito político da Amizade e a sua relação com a política de inclusão das mulheres nas relações de gênero. Por fim, consideramos que este trabalho contribui para escrita historiográfica de mulheres camponesas no Estado da Paraíba.