A história da educação durante o desenvolvimento da Humanidade tem forte influência no ensino de pessoas surdas, as quais repercutem em alguns ensinamentos até os dias atuais, como veremos nesta pesquisa. Com isso, a própria história apresenta que a questão da surdez foi objeto de curiosidade por parte de filósofos da Antiguidade, perpassando as pesquisas na Idade Média até alcançar os avanços científicos e tecnológicos da modernidade, além de compreender as lições na contemporaneidade. Hodiernamente, a surdez se divide em dois aspectos relevantes para o estudo acadêmico: clínico e o socioantropológico. Amparado nisso, a presente análise se propõe a refletir sobre o surgimento da conscientização de comunidade, quanto ao seu reconhecimento como identidade, possuindo cultura própria, com suporte advindo no contexto educacional. O anseio pelas respostas sobre a influência da educação na construção de uma identidade surda surge com o escopo de refletir em que momento a comunidade surda assume essa individualidade e adquiri uma identificação própria dissociada da identidade ouvinte. Em virtude disso, propõe-se em responder em que medida a abordagem educacional bilíngue influenciou para a construção de uma identidade surda. Para tanto, a metodologia a ser usada estará embasada em pesquisa de cunho bibliográfica que apresentará um breve ensaio sobre a construção histórica da educação de surdos, com ênfase nas filosofias do Oralismo, Comunicação Total e Bilinguismo. Diante disso, o respaldo metodológico dará destaque para obras de pesquisadores consagrados nos estudos surdos. Dessa forma, propõe inferir que tais abordagens influenciaram de alguma maneira a educação dos surdos bem como a última abordagem (bilíngue) tem contribuído para a construção de uma identidade surda.