Este trabalho apresenta um relato de experiência desenvolvido junto ao Programa de Monitoria Inclusiva da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), vinculado ao Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI) do Centro de Educação e Saúde (CES/UFCG)/ Campus Cuité-PB. Os estudantes com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento, altas habilidades e superdotação que desejam ser atendidos pelo NAI e receber apoio de um/a monitor/a inclusivo são acompanhados por um/a estudante monitor/a e um/a profissional orientador durante cada período letivo. Neste artigo abordaremos a vivência de um trabalho colaborativo realizado com uma estudante do curso de Ciências Biológicas com transtorno do espectro autista junto a equipe do Núcleo de Serviço Social, Núcleo de Psicologia, monitores inclusivos, orientadora e colaboradores do Programa de Monitoria Inclusiva. Utilizou-se como método de análise o relato de experiência de natureza qualitativa, a partir da vivência dos envolvidos nas atividades desenvolvidas. Para a coleta de dados foram utilizados os relatórios do programa de monitoria inclusiva, instrumentais técnicos dos Núcleos de Serviço Social e Psicologia, registros oficiais do NAI e relatos dos envolvidos neste trabalho colaborativo. Considera-se que além de garantir o acesso das pessoas com deficiência transtornos globais de desenvolvimento, altas habilidades e superdotação ao Ensino Superior, é preciso pensar, refletir, dialogar e construir estratégias para promover a participação efetiva dos/as estudantes no contexto universitário e sua permanência com sucesso até a conclusão do curso. Considerando o crescente aumento no ingressos desses estudantes nas Instituições de Ensino Superior, torna-se cada vez mais urgente a reflexão e o diálogo sobre a temática de educação inclusiva na tentativa da desconstrução das barreiras existentes e da promoção de uma cultura mais inclusiva e anticapacitista.