Diante do contexto global de crises ambientais, sanitárias e sociais, tornam-se, cada vez mais urgentes, mudanças nas nossas práticas e ações, assim como uma profunda reflexão de como compreendemos o mundo e nos inserimos nele. Pensando nessa relação dialética entre teoria e prática, a práxis do projeto da paisagem engloba múltiplos elementos e fluxos, dessa forma, apreender essas dinâmicas é um trabalho complexo e demanda métodos de análise que possibilitem incluir as associações entre os mais diversos entes – humanos e não humanos – na paisagem. As discussões, aqui apresentadas, são parte das inquietações e reflexões geradas no decorrer da disciplina de Paisagismo 2, no curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Mato Grosso. A partir de uma revisão bibliográfica, este artigo tece críticas à concepção moderna sobre a natureza e propõe a cartografia das controvérsias para a leitura da paisagem, possibilitando abarcar a rede híbrida entre os diferentes agentes - humanos e não humanos -, suas associações e contradições.