A paisagem, dinâmica e intrincada, é delimitada territorialmente, percebida subjetivamente e influenciada por fatores socioculturais, urbanos e, principalmente, biofísicos. Jurandyr Ross ressaltou a fragilidade ambiental frente às intervenções humanas, levando à degradação e desperdício de recursos naturais. A compreensão dos limites de dependência dos componentes naturais e da inserção humana é crucial para propor ações de recuperação, conservação e preservação. O texto propõe uma análise abrangente da paisagem na Região/Geoparque da Quarta Colônia, no Rio Grande do Sul, aplicando a perspectiva de Jurandyr Ross sobre fragilidade ambiental e o processo de análise hierárquica. A análise, resultante em cinco níveis de fragilidade avaliados quanto à importância, abrange as fragilidades ambientais potenciais e emergentes por meio de variáveis como declividade, hipsometria, pedologia e usos e cobertura do solo (2022). A espacialização revela dinâmicas e processos de apropriação pela população regional e características do estado biofísico, gerando discussões relevantes para o planejamento e gestão da paisagem.