O presente trabalho tem por objetivo refletir sobre elementos curriculares emergentes a partir de narrativas das juventudes em um curso técnico em mecânica integrado ao ensino médio, por um estudante que se autoidentifica enquanto queer. Para tal, a presente investigação vale-se de um olhar heteroautobiográfico, ancorado em Margareth Rago, bem como de um pensar as narrativas enquanto produtoras-instauradoras de curricularidades e seus rastros. Para tal, buscou-se a escuta de um jovem estudante de um curso técnico em mecânica integrado ao ensino médio, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo. Tal escuta foi catalisada por um roteiro de 14 questões norteadoras, sendo audiogravadas, transcritas e analisadas por análise de discurso de inspiração foucaultiana. Deste movimento analítico evidenciaram-se três eixos: i) O sujeito em sua prática identificatória pela baliza de processos de reflexão, imaginação e composição; ii) O sujeito em sua prática formativa nos movimentos de negação e afirmação; e, iii) A identificação no seus atravessamento entre elementos culturais, amizades e formação.