O presente trabalho tem por objetivo catalisar discussões sob formato ensaístico-hermenêutico dos usos classificatórios sob discursividades biológicas de modos de ser enquanto “grupos de risco”. Para tal o presente manuscrito vale-se de articulações entre Michel Foucault, Paul Ricoeur e Sigmund Freud, buscando compor uma ensaística-hermenêutica para análise da classificação de modos de ser enquanto “grupos de risco”. Para tal, neste, coloca-se a analítica de quatro casos: HIV-Aids, Monkey-pox, doações de sangue e o sintagma da ‘ideologia de gênero’. Mobilizamos e estruturamos nossas discussões, neste sentido, a partir de três eixos: i) A classificação do Outro enquanto um risco pelo viés da patologização; ii) O Outro na qualidade de um risco como espécime e a metáfora do sangue como herança-filiação; e, iii) O Outro sendo um risco na mesma proporção que indica uma eminente insurgência.