A presente pesquisa tem como principal objetivo fazer uma análise acerca do que seja considerado como masculino dentro dos padrões normativos sociais, tendo como recorte geográfico o interior de Pernambuco; logo, questiona-se aqui não apenas o que é ser homem, mas se pensa a ideia de homem nordestino macho. Para tanto, partimos aqui de um relato de experiência onde as memórias de infância trabalham como um agente de pensamento para as subjetividades bicha, como também buscamos compreender como o corpo queer jovem subverte normas, mas que também precisa se (re)adequar aos espaços como forma de sobrevivência. Portanto, o presente trabalho tem como pretensão apresentar como as masculinidades nordestinas ainda estão presas em um modelo arcaico e em como corpos que fogem a essas normas são considerados como distoantes, furiosos e estranhos, pois se pensar em homossexualidades rurais ainda parece ser algo pouco provável e menos estudado.