Este artigo é parte de um projeto de doutorado que visa pesquisar o “acesso, permanência e progressão” das mulheres mães na universidade, com destaque ao fato da maternidade ser uma das causas da evasão de muitas jovens mulheres do ensino superior. Inserido dentro do escopo da pesquisa-ação embasado na metodologia da História Oral e das “escritas de si e aventura de contar-se” (RAGO,2013) temos por objetivo investigar as prática docentes da “educação não-sexista e não-discriminatória” no contexto da sala de aula do ensino fundamental 1 e o acesso dos docentes aos documentos oficiais como a LEI Nº 14.164, e Nº 13.005. Esse artigo pensa a escola como espaço de prática da autonomia (FREIRE,1996) e prática da liberdade (HOOKS, 2017) inserido no horizonte decolonial que percebe a escola como um espaço potencialmente transgressor e capaz de agir pela via da pedagogia do entusiasmo. (HOOKS, 2017). Defendo a ideia de uma a escola básica como espaço potente de formação cidadã, que ao praticar a pedagogia da empatia e da equidade, rompe com antigos pressupostos de “colonialidades do ser, do saber e do poder” (QUIJANO,1989) e da colonialidade de gênero (LUGONES,2020). Portanto, a prática dessas pedagogias acimas descritas, permitirão que futuramente as universidades sejam espaços de todos e para todos, incluindo as mães acadêmicas. A prática de uma educação não-sexista e não- discriminatória na escola básica pode tornar a sociedade mais equalitária e cidadãos mais conscientes de seus deveres e responsabilidade social.