Este trabalho tem por objetivo traçar reflexões introdutórias sobre as performances do movimento LGBTI+ no contexto de uma cidade histórica de Minas Gerais entendendo-as como futuridade alternativa. Nos apropriamos das reflexões teóricas sobre populismo de esquerda e memória social para apontar que performances podem tanto atuar para manutenção de uma memória heteronormativa quanto para (re) imaginação destas memórias. Como metodologia nos ancoramos numa perspectiva pós-estruturalista e adotamos a performance como ato de fala e categoria analítica. Nas análises foi possível identificar que as performances do movimento LGBTI+ no contexto de uma cidade de mais de 300 anos apostam na insubmissão e na desobediência, privilegiando a fricção com as normatividades de raça, gênero e sexualidade. Numa cidade acostumada com a interferência da Igreja nas decisões do Estado, as performances do movimento LGBTI+ convocam a sociedade a trilhar caminhos para uma futuridade alternativa que apenas será possível com mais inclusão e cidadania.