O trabalho objetiva investigar configurações subjetivas de professores(as) sobre Sexualidade e Gênero em disciplina de um curso de Psicologia. Apoia-se na Teoria da Subjetividade e na Metodologia Construtivo-interpretativa de Fernando González Rey e no referencial autoetnográfico. A subjetividade é um sistema simbólico-emocional que integra dois níveis diferentes, subjetividade individual e subjetividade social. A subjetividade individual indica os processos simbólico-emocionais configurados historicamente pelas vivências e experiências diferenciadas dos sujeitos singulares em seu cotidiano frente às normativas culturais e sociais. A subjetividade social se expressa como a síntese do conjunto de aspectos objetivos e sentidos subjetivos simbólicos-emocionais em diferentes espaços articulados ao funcionamento macro e microssocial. A Psicologia, por ser construída nas tramas sociais, é permeada pelo compromisso de atender as urgências e demandas no sentido de promover transformações da sociedade, no caso, referentes à sexualidade e gênero. Análises investigativas das subjetividades individuais de professores(as) podem apontar como configurações subjetivas individuais e atravessamentos da subjetividade social expressam-se em espaços e atividades da referida disciplina sobre a temática de sexualidade e gênero. Considera-se a importante função social de professor(a) ao elaborarem conteúdos e atividades de seus planos de aula voltados para o exercício de suas próprias práticas profissionais, bem como para a prática e formação de futuros(as)psicólogos(as). Na Metodologia Construtivo-interpretativa a subjetividade do(a) pesquisador(a) tem um papel essencial no processo da de interpretação e construção da informação da própria pesquisa, como na elaboração de conceitos, indicadores e hipóteses contribuindo para a elaboração de um modelo teórico sobre seu objeto de estudo.