Com o objetivo de, através dos corpos e esporte refletir sobre decolonialidades e descolonização do pensamento, bem como na desmistificação brasileira concernente aos países africanos, esse estudo, teórico-metodologicamente fundamentado em gênero, raça/etnia e sexualidades negras, apresenta resultados de pesquisa de pós-doutoramento (em andamento) tendo o esporte como um (novo) campo científico de subversão de gênero, sexualidades e combate ao racismo no Brasil e, em países africanos como campo de luta nacional e ressignificação da tradição relacionadas às limitações e submissões de gênero. Sendo a população estudada as mulheres africanas da UNILAB/CE e o método de intervenção, seleciona-se a observação e entrevistas fazendo comparações. Sendo o esporte uma esfera desafiadora e em especial o futebol, por ser um lugar exclusivamente de macho, androcêntrico, heterossexual e branco – no Brasil, e lugar androcêntrico e heterossexual em países africanos do PALOP, mas, também um meio de combate ao racismo, sexismo e homofobismo. Nos resultados, foi detectado países do grupo do PALOP sem experiências internas com o racismo (através das entrevistas), e pontua-se a inclusão racial no Brasil como uma importante estratégia de erradicação do racismo (no futuro), juntamente com o fortalecimento da discussão, que visa o combate. Dentre as categorias estudadas o sexismo é presente em todos os países do estudo e o esporte se apresenta como bandeira de inclusão de gênero, no entanto, o racismo aparece como o problema maior exclusivamente no Brasil (da tradição à atualidade) que se fortalece mudando de formas.