Consideramos essencial problematizar as representações de pessoas LGBTQIA+ na publicidade brasileira para compreender quem são as pessoas representadas e se a agenda da comunidade é efetivamente contemplada, como em políticas que vão além do Pink Money e se comprometem a combater preconceitos. Este trabalho apresenta uma parcial de uma pesquisa de mestrado em desenvolvimento acerca das representações de pessoas LGBTQIA+ na publicidade brasileira. O embasamento teórico parte de dados do Elife (2022) e o dossiê do Observatório de Mortes e Violência contra LGBTQIA+ (2023), assim como autores como Melo (2022) e Rodrigues (2018). A perspectiva teórico-metodológica da análise crítica do discurso de Fairclough (2003) contribui para a análise das publicidades e na discussão sobre os grupos minorizados e os impactos sociais da mídia. Dentre os resultados, percebe-se que a publicidade com e para pessoas LGBTQIA+ emerge cada vez mais, o que por um lado é um avanço positivo. Entretanto, é no Mês do Orgulho que a presença é maior, o que limita a visibilidade da comunidade a um mês e não colabora para a efetiva inclusão, uma vez que essas pessoas estão ao longo de todo o ano resistindo e buscando seus espaços. Um mapeamento a partir de 2018 revelou que há campanhas com pessoas LGBTQIA+ fora do mês do orgulho, em menor número e em temáticas variadas, mas ainda não são significativamente presentes ou correntes como podem ser ao abordar pessoas e temáticas da comunidade.