A história da educação no Brasil remete a situações de desigualdades e desfavorecimentos, reforçados por escolhas políticas que valorizam o capitalismo e tudo que nele está atribuído. As escolhas pedagógicas são consequências de concepções filosóficas que acabam por determinar as opções levadas à prática. Neste cenário, o presente capítulo traz reflexões acerca do trabalho como princípio educativo, considerando que o homem ao apropriar-se dos recursos da natureza torna-se capaz de suprir suas necessidades, através de um processo de autodeterminação e de autoconstrução. Dessa forma, estima-se refletir sobre a escola unitária proposta por Gramsci, como também a proposta do ensino integral e omnilateral na formação dos estudantes do Ensino Médio Integrado. O diálogo estabelecido perpassa ainda sobre a possibilidade das metodologias ativas como forma de dinamizar e atribuir autonomia aos estudantes. A coleta de dados realizou-se a partir de pesquisa bibliográfica. As considerações finais apontam para uma resistência contra o capitalismo alienante, à medida que se buscam novas possibilidades para pensar e agir, preparando para atuar de maneira independente, orientando a ocupação de posição única no mundo do trabalho; o que é possibilitado a partir de um movimento que se preocupa mais que a mera formação técnica e que avança no sentido da formação humana, desvelando pelos caminhos do ensino omnilateral cuja projeção acontece na formação do ser humano em sua integralidade com a união das dimensões física, mental, cultural, política, científica e tecnológica.