Este trabalho procura identificar quanto o fenômeno da desagregação - que permite separar as partes constituintes do ensino superior em todas suas escalas e os estudantes as acessarem do modo que desejarem - está impactando na experiência acadêmica. Procura mensurar e compreender o que é esse fenômeno e a importância da vivência integral para o aprendizado a partir da percepção dos estudantes sobre seus percursos formativos, num cenário onde o avanço das instituições de ensino superior (IES) mercantis têm feito o ensino assemelhar-se cada vez mais a produtos a serem consumidos em prateleiras. Também, como nesse ambiente uma universidade comunitária (ICES) pode oferecer ensino de qualidade e desenvolver sua região competindo com esses grandes grupos mercantis. Objetiva identificar como os estudantes constroem um todo coerente, uma arquitetura da experiência acadêmica, ou não, na sua formação a partir das inúmeras partes hoje oferecidas pela facilidade e incentivo à mobilidade acadêmica entre IES. Consiste num estudo de caso numa ICES - uma investigação empírica para construir dados e apreender a totalidade de um fenômeno num contexto social onde o limite entre eles ainda não está claro e se possui pouco controle sobre os eventos estudados. Trata-se de um estudo particular, descritivo, explicativo e indutivo, tendo o pesquisador como um sujeito implicado auxiliando na pesquisa. Resultados preliminares apontam alta mobilidade acadêmica na ICES - quase 30% dos estudantes constroem seu todo a partir do aproveitamento de partes cursadas em várias IES. A percepção dos estudantes sobre seu percurso formativo aponta para padrões recorrentes onde eles buscam alguma coerência para construção do seu todo e indicam toda dificuldade que enfrentam até se afiliar ao seu curso e dar sentido à sua formação no ensino superior.