Este artigo apresenta um breve histórico da implantação das diferentes políticas para o ensino médio na rede pública estadual de Santa Catarina, com impressões do modelo “tradicional”, nos termos da LDB original, do Ensino Médio em Tempo Integral, do Ensino Médio Inovador e do “Novo” Ensino Médio e das possibilidades futuras. Da análise visualiza-se mudanças na política educacional, negando as políticas de Estado, tornando o processo descontínuo. Também os olhares sobre os prováveis “ajustes” do atual governo, para ensino médio no país demonstram muita incerteza. As fontes são documentos da secretaria de educação de Santa Catarina, a legislação educacional (LDB, PNE, BNCC), além de relatos dos professores do Estado. A fundamentação teórica consiste na análise de produções na área. A atuação na educação básica convivendo com a realidade e a atuação na formação inicial e continuada de professores no ensino superior permite aos autores lançar olhares abrangentes sobre o processo, o que tem a corroboração documental e de produções teóricas sobre o tema. Entende-se que para uma boa interpretação deste contexto é preciso compreensão de alguns momentos políticos do país, como o governo de Fernando Henrique, os governos do PT, os governos Temer e Bolsonaro e o atual governo. Cada momento apresenta elementos importantes que merecem análises, sem demonizar, mas com olhar crítico dos efeitos provocados pelas de governo na política pública, pois, isso provocou/provoca incertezas sobre o ensino médio. Também, da análise dos processos avaliativos percebe-se que os resultados obtidos pelo Brasil são preocupantes. Portanto, a partir das experiências e da realidade catarinense lança-se olhares contemplativos e críticos das políticas educacionais e seus reflexos no ensino médio, nos períodos citados, criando condições de tecer previsões para o que vem sendo apresentado e construído no atual momento e as perspectivas de superação da estagnação na qualidade do ensino médio.