O fio condutor deste trabalho será o esforço de responder à questão “Como escrever sobre violência?”. Compreendendo as complexidades não apenas teóricas, mas, sobretudo, ontológicas de violência, me baseio na abertura oferecida pela Antropologia para pensar possibilidades outras de compreensão. O trabalho gira em torno das experiências – minhas e de outros – vividas como docente em formação no ensino básico, que me fizeram reorientar a escrita. Apresentarei de forma mais ou menos encadeada os episódios que mais profundamente me marcaram na relação direta com as pessoas estudantes com quem aprendo-ensino, o referencial teórico oferecido pela academia sobre violência, colonialidade e escolarização, pelo qual me baseio e reoriento e, sobretudo, a forma como dialogam esses mundos. É também um escrito que se propõe mais subjetivo, considerando atravessamento e potencialidade criativa.