Na indústria petrolífera é comum a formação de emulsões estáveis do tipo água-em-óleo A/O, que são misturados nos reservatórios durante a sua cadeia produtiva. A estabilidade das emulsões depende de vários fatores, sendo a presença de emulsificantes naturais (resinas, asfaltenos) nas interfaces, o principal fator de estabilização das emulsões, reduzindo assim a probabilidade de coalescência entre as gotas. As técnicas utilizadas para a separação destas emulsões estão baseadas na separação gravitacional com métodos térmicos e químicos. A separação das fases é comumente entendida através da velocidade de sedimentação das gotas em um campo gravitacional, em função da diferença de densidade e a viscosidade dos líquidos envolvidos, a qual é tradicionalmente descrita com base na lei de Stokes, ou ainda, através da equação de Hadamard e Rybczynsk. Foram estudadas emulsões modelo do tipo água-óleo contida num vaso separador vertical. O procedimento experimental envolve a aferição da velocidade de sedimentação das gotas, concentração de fase dispersa e a determinação do tamanho médio gotas, ao longo do tempo. Para determinação do teor de água, utilizou-se a técnica de titulação potenciométrica com reagente de Karl Fischer e para determinação do tamanho médio das gotas foi utilizado o microscópio óptico invertido. A velocidade de sedimentação da interface foi obtida através da determinação da altura da interface versus tempo. A metodologia empregada permitiu uma correlação adequada entre a velocidade de sedimentação da interface e o teor de água presente na emulsão. Esses resultados são úteis para o dimensionamento e escalonamento de vasos separadores de emulsões.