Compreendendo que historicamente a educação física possui influências europeias e privilegia os/as mais habilidosos/as, seus referenciais teóricos-metodológicos voltam-se à branquitude, sendo construídos pela branquitude para beneficiar a própria branquitude. O presente trabalho é fruto de um projeto de iniciação científica emergiu a partir de uma ação afirmativa promovida pelo Grupo de Trabalhos Temáticos sobre Relações Étnico-Raciais (GTT - ERER) vinculado ao Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte (CBCE) que objetivou analisar a fundamentação teórica das quatorze proposições teórico-metodológicas – ou abordagem – da educação física escolar, esta análise teve a finalidade de buscar nestes referenciais teóricos trabalhos que dialoguem com as questões das relações étnico-raciais, e que diretamente venha orientar uma prática pedagógica mais inclusiva no ambiente escolar. O percurso metodológico detém aspectos quantitativos e qualitativos em um itinerário complexo de pesquisa, baseado na noção de justiça social com ênfase na ERER. Cada contexto político e institucional desafia a conceituação de justiça social na formação de professores/as de educação física (EF), bem como seus saberes e práticas. Há uma série de modos de ensino que abordam a justiça social, sendo que, se a justiça social não for bem definida a partir de uma perspectiva crítica, o neoliberalismo pode tentar cooptá-la para seus próprios objetivos. Salientamos que é notório a lacuna e invisibilidade histórica que se tem nos referenciais acerca da cultura negra. A pesquisa ainda se encontra em processo de aprovação em um periódico, em que cada detalhe do estudo aponta compreender a perspectiva a qual a racialidade está sendo abordada por cada autor(a) compreendendo que alguns achados dialogam mais com a racialidade em uma perspectiva social e outros mais no viés biológico. Contudo ainda nos inquieta a lacuna nos referenciais teóricos acerca do olhar para as necessidades do corpo negro/a na EF.