A criação da Lei 10.639/2003 e a obrigatoriedade do estudo das histórias e culturas afro-brasileiras e africanas na Educação Básica surgem como reparação histórica, além de atuar como instrumento legal para minimizar desigualdades raciais, para o enfrentamento ao racismo, bem como para evidenciar a importância da população negra na formação da identidade brasileira. Este relato de experiência objetiva apresentar o jogo Kontaê – Heroínas Negras Brasileiras como um recurso didático auxiliar no ensino das relações étnico-raciais no ambiente escolar. O instrumento destaca o protagonismo e a representação de quatro mulheres negras, suas respectivas histórias de vida e suas contribuições em diversos setores da sociedade, são elas: Antonieta de Barros, Carolina Maria de Jesus, Tia Ciata e Laudelina de Campos Melo. A proposta metodológica é de natureza básica, exploratória e se constrói através da oficina intitulada “Jogo Kontaê Heroínas Negras Brasileiras”, ocorrida durante a III Semana da Mulher Negra e Tereza de Benguela do IFCE campus Cedro, trazendo os contextos e os procedimentos necessários na aplicação do jogo. Como resultados esperados, percebeu-se que há uma lacuna a ser preenchida na educação básica no que se refere ao ensino das relações étnico-raciais afro-brasileiras, no entanto, através de jogos didáticos como o Kontaê é possível pensar estratégias educativas para garantir equidade racial e o combate às desigualdades educacionais, tornando a escola um ambiente de inclusão, democrático e antirracista.