Este trabalho discute o currículo na perspectiva de controle levando em consideração os processos pedagógicos fundamentados nas teorias curriculares. Refletiu-se como o currículo articula as práticas educacionais, a partir da escolha de teorização. Problematizou-se sobre quem escolhe o que estudamos, no sentido de entender a colonialidade implícita na organização escolar e aplicada ao longo do percurso formativo. A pesquisa buscou evidenciar implicações curriculares de reprodução cultural que asseverassem a estrutura social, com o intuito de promover demarcações às potencialidades transformadoras. Contextualizou-se, por tanto, práticas arraigadas, em contraposição à ressignificação de tais práticas, tendo em vista à superação do objetivismo na construção do currículo emancipador. Buscou-se trazer nessa contribuição arranjos curriculares do contexto social e cultural para o alcance da mudança social, com base na desconstrução de mitos e ideologias de aprisionamento à realidade. Os resultados apontaram que a robustez da colonização como instrumento de dominação, mantém os mais vulneráveis submergidos com ideias que lhes são próprias, os impedindo ao desenvolvimento da criticidade. Conclui-se que o movimento de colonizador segue lentamente entre o currículo prescrito/oficializado (currículo vivido/praticado) e o apreendido pelo educando. Materiais didáticos, utilizados em sala de aula, especialmente, o livro didático, tem mitigado a autonomia docente cotidianamente nas instituições de ensino, com a severidade do currículo oficial.