O processo de envelhecimento progressivo é inerente a população, e apesar de ser processo natural, o envelhecer ainda é refletido em pensamentos que levam a finitude e a inutilidade, repercussões vistas, mais claramente, quando a aposentadoria entra em pauta. Os investimentos em programas que preparam para a aposentadoria, ainda são mínimos no Brasil, sendo, na maior parte das vezes, vivenciado de forma dolorosa, ocasionando impactos e estressores. Esse trabalho visa provocar uma análise sobre o processo de aposentadoria e seus impactos na saúde mental e qualidade de vida da pessoa idosa. Trata-se de uma revisão de literatura, apoiada nas publicações cientificas SciELO e Pubmed, nos idiomas português e inglês, dos últimos 5 anos. Os resultados mostram que não há um preparo para a aposentadoria, nem por parte dos sujeitos implicados no processo, nem por parte dos empregadores. Alguns autores mostram que o idoso que mais sofre com a vivência da aposentadoria são os que tem maior dificuldade econômica, e menor vínculo afetivo e ativo na vida. Outros estudos corroboram com esse resultado, ressaltando que a aposentadoria está diretamente ligada a vida social, econômica, e modo de enfrentar perdas e de adaptar-se ao novo. Dois estudos sugerem que a aposentadoria leva o sujeito à conscientização de que atingiu a velhice, repercutindo de maneira negativa sua aceitação, gerando estresse, ansiedade, angústia, incerteza do futuro e depressão. Conclui-se que, quando a aposentadoria é imposta, pode se tornar grande estressor na vida da pessoa idosa, ocasionando rebaixamento de sua qualidade de vida e saúde mental, por outro lado, existindo um planejamento, a percepção é de ter concluído uma etapa, o encerramento de uma carreira formal, abrindo novas alternativas, um novo mundo, com inserção em novos grupos sociais, atividades prazerosas, sentimento de dever cumprido, e adaptação a nova realidade, permanecendo felizes, engajados e ativos.